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Atuando em gabinete e na rua, delegado se apaixona pela profissão após descobrir versatilidade do trabalho policial

publicado: 19/04/2021 12h13, última modificação: 19/04/2021 12h27
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De olhos atentos e armas nas mãos, sete policiais civis cercam um galpão clandestino, no bairro do Portal do Sol, em João Pessoa. É madrugada de 13 de novembro de 2019, quando eles chegam ao endereço, descoberto após meses de investigação. Dentro do imóvel, há criminosos e um sofisticado aparato para produção de drogas em grande escala.

 

A ação policial, realizada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes de João Pessoa, é coordenada pelo delegado Bruno Victor. Com 17 anos na atividade policial, ele avalia bem a situação e escolhe o melhor momento para agir.

 

Os policiais invadem o galpão.  A operação termina com a prisão de dois suspeitos e a descoberta de outros dois imóveis usados pelo grupo criminoso que possuía um esquema semi-industrial de produção da maconha do tipo "skunk in door". A droga é considerada vinte vezes mais alucinógena em relação ao entorpecente comumente consumido.

 

A ocorrência que desarticulou o maior esquema de produção desse tipo de entorpecente já descoberto no país, faz parte das ações que marcaram a versátil carreira do delegado Bruno Victor Germano.

 

Acostumado a atuar em gabinete e na rua, o delegado encontrou na profissão uma vocação que não conhecia.

 

Aos 23 anos de idade, quando ingressou na corporação, ele também havia sido aprovado em outros concursos públicos. E não pretendia seguir carreira policial. Mas mudou os planos após descobrir a versatilidade do trabalho.

 

“Na polícia, a gente não tem uma rotina monótona. Um dia estou na sala, analisando inquéritos e pedindo prisões de suspeitos. No outro dia, estou na rua, de boné, de botas, pisando na lama, junto com minha equipe, em operações policiais. É tudo muito dinâmico. Acabei me apaixonando e, hoje, eu amo minha profissão”, declara.

 

Apesar de estar à frente de uma delegacia especializada em combater criminosos considerados de alta periculosidade, o delegado conta que não se deixa intimidar pelos perigos.

 

“Os riscos existem, mas isso não me impede de cumprir meu dever.  Sempre conduzo as investigações com provas, inteligência e legalidade. Às vezes, o preso nem consegue falar nada, porque as provas que temos contra ele são precisas e falam por si só”, afirma.

 

Em 21 de abril é comemorado o Dia do Policial Civil e Militar. A data é uma homenagem a Tiradentes, considerado o patrono desses profissionais no Brasil. Ao longo desta semana, a Polícia Civil da Paraíba vai realizar homenagens seus profissionais, mostrando casos desses “heróis anônimos” que se arriscam diariamente para defender a lei e a sociedade.

 

Assessoria de Imprensa. Polícia Civil da Paraíba