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Com 35 anos de carreira, perita da Paraíba une experiência e sensibilidade no trabalho policial

publicado: 20/04/2021 12h08, última modificação: 20/04/2021 12h15
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Com passos firmes e uma maleta nas mãos, Rosane Onofre caminha em direção a mais um local de crime. Perita do Instituto de Polícia Cientifica da Paraíba (IPC\PB), ela chega para analisar um apartamento completamente revirado. O local foi invadido por um homem que não aceitava o fim do relacionamento com a dona do imóvel. Ele destruiu porta, mobílias, equipamentos, roupas e sapatos da ex-mulher. Na parede, ainda deixou uma frase que dizia “você tirou minha paz. Agora eu vou tirar a sua”.

 

A porta havia sido arrombada. O homem fez um vídeo da destruição e o enviou para a mãe da vítima, que passou mal. A situação comove a perita, acostumada a ver tantos casos de crimes. “A vítima estava desesperada. Sem condições de ficar ali, procurou uma roupa para dormir na casa de um parente, mas não encontrou. Não havia nenhuma peça intacta. Foi um caso que me marcou muito. É muito comovente ver pessoas com tão pouco e ainda perderem o que têm”, desabafou a perita.

 

Formada em Psicologia pela Universidade Federal da Paraíba, Rosane Maria Lima Onofre descobriu cedo que queria seguir carreira na Perícia Criminal. Com 35 anos de carreira profissional, ela possui especialização em Perícia e Investigação Criminal e está entre as peritas mais experientes do IPC\PB.

 

Atualmente, ela atua no setor responsável por realizar perícias de Constatação de Danos ao Patrimônio. A equipe é acionada sempre que ocorre arrombamentos a imóveis, veículos e outras propriedades. Usando produtos e substâncias químicas, a perita faz um minucioso trabalho de busca de vestígios do responsável pelo crime.

 

“Faço levantamento de impressão digital, exame residiograma de chumbo, balística, coletando projéteis e vestígio biológico para possível confronto de DNA. O local de crime é o início de qualquer procedimento para o esclarecimento do delito”, explicou Rosane.

 

Para atender as ocorrências policiais, os peritos seguem escala de plantões com duração de 24 horas ininterruptas. Apesar do trabalho exigir dedicação em até nos horários noturnos, fins de semana e feriados, Rosane afirma sentir prazer na profissão.

 

“Escolhi essa profissão porque quero ajudar a sociedade na elucidação dos crimes através de provas técnicas. Além disso, esse trabalho é dinâmico, sem rotina, emocionante e prazeroso”, declarou.

 

Em 21 de abril é comemorado o Dia do Policial Civil e Militar. Nesta semana, a Polícia Civil da Paraíba vai homenagear seus profissionais que se dedicam diariamente para defender a lei e a sociedade.

 

Assessoria de Imprensa. Polícia Civil da Paraíba