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O trabalho do escrivão da Polícia no combate ao crime
Os dedos ágeis diante do computador e a facilidade em organizar procedimentos policiais revelam uma experiência adquirida ao longo de 40 anos como escrivão da Polícia Civil da Paraíba.
Marcos Alves Fernandes possuía 23 anos, quando resolveu ingressar na instituição e enfrentar uma rotina marcada por muitos desafios.
Ao longo de sua carreira, já perdeu a conta das situações de perigo em que se envolveu. E das vezes que precisou usar a arma de fogo para defender a vida de inocentes.
“Quando entrei na Polícia, era comum o escrivão ir para o local do crime junto com o delegado, para fazer as anotações. Eu fui para muito local de crime e acabei me envolvendo em muitos tiroteios”, lembra.
Em uma dessas situações, o escrivão integrava uma equipe de policiais designada para investigar a morte de três caminhoneiros. As vítimas transportavam uma carga de arroz, que foi roubada.
Os criminosos mataram os motoristas em Pernambuco, mas “desovaram” os corpos na cidade de Taperoá, no interior da Paraíba.
“Foi um caso complexo, difícil de resolver. Foi um crime bárbaro. Mas depois de muito esforço, nossa equipe conseguiu prender sete pessoas envolvidas nos crimes”, lembra o policial.
Em outra ação, o escrivão, por pouco, não testemunhou a morte de um policial.
“Um casal foi assaltado. Os criminosos haviam entrado em um matagal e nossa equipe cercou o local. Houve um tiroteio e um colega nosso foi ferido de raspão na cabeça. Ele caiu perto de mim. Foi socorrido e sobreviveu. Depois de muita troca de tiros, os criminosos foram presos”, afirmou.
Casado há 39 anos e pai de dois filhos, ele explica que encontrou na família a força para enfrentar os desafios do trabalho.
“Trabalhava muito no interior da Paraíba e ficava muito tempo em operação e sem conseguir falar com minha esposa e meus filhos. Mas eles sempre me apoiaram. Já fui ameaçado várias vezes. Mas nunca dei atenção a isso. Gosto de ser policial”, declarou.
Em 21 de abril é comemorado o Dia do Policial Civil e Militar. A data é uma homenagem a Tiradentes, considerado o patrono dessas categorias no Brasil.
Nesta semana, a Polícia Civil da Paraíba vai homenagear e mostrar histórias de seus profissionais que se arriscam diariamente para defender a lei e a sociedade.
Assessoria de Imprensa. Polícia Civil da Paraíba