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Policiais Civis participam de capacitação sobre atendimento humanizado nas delegacias da mulher em Campina Grande

publicado: 17/09/2019 22h58, última modificação: 17/09/2019 22h58

Policiais civis da Paraíba estão sendo capacitados para oferecerem um atendimento de melhor qualidade às mulheres vítimas de violência. Delegadas, escrivães, agentes e outros profissionais que trabalham nas delegacias da região polarizada por Campina Grande participaram nesta terça-feira (17) do Seminário sobre Atendimento Humanizado no Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres.

O evento aconteceu na Central de Polícia de Campina Grande e é uma realização da Coordenação das Delegacias da Mulher com apoio da Delegacia Geral de Polícia Civil da Paraíba e a parceria da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana.

Os trabalhos foram abertos pela coordenadora das delegacias da mulher, Maísa Félix, sendo a mesa composta pela delegada geral adjunta Cassandra Duarte; delegados Luciano Soares, Pedro Ivo e Tatiana Matos, da Seccional Polícia Civil de Campina Grande; professora da UEPB Drª Fátima Silvestre como palestrante convidada e a secretária de Estado da mulher e diversidade humana, Gilberta Soares.

A delegada geral adjunta, Cassandra Duarte, destacou o trabalho das Delegacias da Mulher no combate à violência doméstica e disse que somente no primeiro trimestre deste ano foram realizados 5.637 atendimentos nas Deams. "Ninguém procura uma delegacia porque acertou na loteria, mas porque está precisando de ajuda. Precisamos estar prontos para oferecer esse acolhimento com humanização", ressaltou.

A delegada Maísa Félix, da Coordeam, também falou sobre a humanização do atendimento nas delegacias "Somos uma polícia cidadã. Estamos convocando a todos para o acolhimento às mulheres e todos que procurarem uma delegacia no momento em que precisam de ajuda", destacou.

Para a professora Fátima Silveira, respeito e proteção são itens indispensáveis ao acolhimento. "Esse acolhimento não deve se restringir apenas à recepção, mas tem que ser estendido a todas as etapas do atendimento a começar por respeitar o nome, o apelido ou o nome social que a pessoa deseja adotar e por ele ser reconhecida", disse.

Por fim, a secretária Gilberta Soares, da Mulher e Diversidade Humana, destacou a importância da parceria com a Polícia Civil, em especial com a Coordenação das Delegacias da Mulher, e disse que a violência ocorre desde a veiculação de peças publicitárias que utilizam a imagem da mulher como objeto. "A cultura do estupro está nas imagens, na linguagem, nas piadas, nas novelas. Então essa mulher precisa do acolhimento de se sentir protegida e bem recebida quando procurar ajuda", finalizou.