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Uma opção por salvar vidas das mãos de criminosos

publicado: 21/04/2020 22h49, última modificação: 21/04/2020 22h56

Na semana em que se comemora do Dia Nacional do Policial Civil e Militar, a Polícia Civil da Paraíba homenageia seus profissionais, mostrando casos de “heróis anônimos” que se arriscam diariamente para defender a lei e a sociedade.

 

Uma opção por salvar vidas das mãos de criminosos

 

Os muros altos e a presença de um cão da raça Pitbull não foram impedimentos para um resgate. Era manhã de 27 de janeiro de 2017. Numa casa, situada no bairro de Mandacaru em João Pessoa, havia uma jovem de 20 anos sendo mantida em cárcere privado.

Policiais civis que já estavam cercando o local tinham informações de que a mulher estava grávida e muito machucada, após sofrer sessões de espancamentos praticados pelo próprio pai.

Após perceber que mãe e filho corriam riscos, policiais que atuavam na Delegacia de Atendimento à Mulher decidiram pular o muro e entrar no imóvel. Prenderam o pai da moça, suspeito de ser o autor dos crimes, e resgataram a vítima.

Passados três anos, os riscos que envolveram   ocorrências como essas ainda fazem parte da rotina agente de investigação da Polícia Civil da Paraíba, Alysson Guerra. Na época, ele era o chefe de investigação da Delegacia de Atendimento à Mulher da zona Norte de João Pessoa (Deam Norte) e, com ajuda de sua equipe, conseguiu apurar a denúncia.

“Havia a denúncia de que um empresário agrediu a filha, por não aceitar a gravidez dela. Ela estava sendo mantida escondida para não acionar a polícia, mas nossa equipe investigou e localizou o imóvel”, lembra.

Ao longo de 16 anos de carreira policial, Alysson já se deparou com várias ocorrências difíceis. Atualmente, é chefe de investigação da Delegacia de Atendimento à Mulher da Zona Sul de João Pessoa (Deam Sul). E atuou na prisão de suspeitos de praticar estupros e violência doméstica. "Em uma ocorrência, um integrante de facçào criminosa foi preso após agredir a mulher. Ele estava alterado e começou a me fazer ameaças nada veladas," lembra.

"São muitas ameaças que recebemos de criminosos que prendemos, mas continuamos nosso trabalho. Não nos deixamos intimidar", declarou.

Em uma das ocasiões, precisou ficar oito horas seguidas dentro de um veículo para vigiar um homem que estava com a prisão decretada por dois mandados judiciais.

“O preso era envolvido com assaltos e havia agredido a ex-companheira e ateado fogo na casa dela. A vítima estava escondida, com medo de ser morta. Foram muitas diligências. Eu e o agente Orimar Dália passamos uma noite, de vigilância, dentro da viatura, mas conseguimos prender o suspeito, quando ele saía da casa de uma namorada”, lembra.

Formado em Direito, Ciências Contábeis e em Comunicação Social, Alyssom ainda possui pós-graduação em Segurança Pública e em Direitos Humanos e praticante de cinco tipos de artes marciais, sendo faixa preta em duas delas.

Apesar dos riscos que envolvem a profissão, ele sente orgulho de ser policial. Filho de um coronel do Corpo de Bombeiros, Alisson aprendeu cedo a importância social da segurança pública. "É muito gratificante realizar a prisão de indivíduos nocivos à sociedade apenas se utilizando da experiência e da inteligência policial. Respeitando os direitos e garantias constitucionais, e, ao mesmo tempo, como num jogo de xadrez, deixando o acusado sem saída, fruto de uma investigação de qualidade", afirma.

 

Assessoria de Imprensa. Polícia Civil da Paraíba